A primeira vez que o vi, o Cubo Yoshimoto lembrou-me os tempos de universidade e as aulas de Lógica em que aprendi o Paradoxo de Banach-Tarski.
Para mim, o Paradoxo de Batach-Tarski deve ter sido a coisa que mais me espantou durante a licenciatura – foi isso e o fato de não podermos chamar rapaziada aos alunos (coisas de pedagogia) – e, de uma forma muito simplificada, o que se afirma é que podemos construir, com rotações e translações aplicadas a subconjuntos muito complicados de uma bola, duas bolas de volume igual ao da primeira – a bola original – ou seja, afirma-se que o milagre da multiplicação é matematicamente possível.
Ora, com o Cubo de Yoshimoto é possível construir 2 cubos a partir de um e estes até têm arestas com o mesmo comprimento mas não é verdade que tenham o mesmo volume e por isso, embora me lembre o tal paradoxo… a verdade é que não estamos perante milagre algum.
Ainda assim, é um objecto extremamente interessante, senão vejamos:
- Conseguimos dobrar e desdobrar um cubo prateado até termos um cubo dourado e continuando a dobrar voltamos ao cubo prateado;
- conseguimos formar dois dodecaedros rômbicos estrelados;
- conseguimos formar dois cubos.
O Cubo Yoshimoto no MoMA (Museum of Modern Art) onde o português Pedro Gadanho será curador durante pelo menos 3 anos (a partir do dia 11 de Janeiro de 2012) não sai barato mas em compensação é uma obra de arte que estamos a comprar! 😀
Em baixo está uma fotografia do filme Tron: Legacy em que Jeff Bridges segura o Cubo Yoshimoto na forma dos dois dodecaedros rômbicos estrelados .
O cubo que aqui aparece é apenas o primeiro de uma colecção de 3 Cubos de Yoshimoto que se tornam numa peça simplesmente fantástica, como podem ver no vídeo abaixo!